Família foi encontrada morta dentro de casa, na Vila Brasilândia
Reprodução/Facebook
O psiquiatra forense Guido Palomba, convidado pelo delegado Itagiba
Franco para ajudar a traçar um perfil psicológico de Marcelo Eduardo
Bovo Pesseghini, 13 anos, diz estar convicto de que o garoto matou a
família. O estudante é apontado como suspeito de ter assassinado os
pais, a avó e a tia-avó. A chacina aconteceu na Vila Brasilândia, zona
norte de São Paulo.
Palomba informa que começará a atuar no caso quando o trabalho da
polícia terminar. Ele enfatiza que seu enfoque não é o mesmo do da
investigação feita pelo DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à
Pessoa). O médico se debruçará sobre todo material acumulado ao longo do
inquérito, incluindo os laudos, que ainda não foram concluídos.
— Não vou entrar no mérito se ele [Marcelo] cometeu ou não o crime.
Claro que ele cometeu. Se eu não estivesse convicto, não aceitaria
trabalhar em cima de alguma coisa hipotética. O que é importante é o que
aconteceu na cabeça dele, qual é a explicação psicopatológica disso.
O psiquiatra, que não descarta a possibilidade de conversar com
testemunhas — "minhas perguntas serão diferentes das perguntas da
polícia" — completa:
— Vou dar uma resposta por que uma pessoa como o Marcelo praticou esse
tipo de crime. O que aconteceu? Que tipo de anormalidade aconteceu ali
para ter feito o que fez.
Marcelo foi encontrado morto junto com a família no dia 5 deste mês,
dentro de casa. Ao lado dele, estavam os corpos da mãe, a cabo da
Polícia Militar Andréia Bovo Pesseghini, e do pai, o sargento da Rota
(Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar) Luiz Marcelo Pesseghini.
Em outro imóvel no mesmo terreno, estavam os corpos da avó do
adolescente, Benedita Oliveira Bovo, e da tia-avó, Bernadete Oliveira da
Silva, que não morava lá, mas tinha ido dormir com a irmã. Segundo a
polícia, o menino teria matado a família, ido até a escola, assistido à
aula e se suicidado.
Quarenta e três testemunhas
Na segunda-feira (26), a polícia ouviu dois oficiais da PM. Eles eram
superiores da cabo Andréia. Laerte Arakem Fidélis foi um dos que
depuseram. Ele substituiu Fábio Paganotto, como comandante da 1ª
companhia do 18º batalhão, onde a policial trabalhava. Paganotto também
foi ouvido no DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa).
Quarenta e três testemunhas já prestaram depoimento.
Também nesta semana, a polícia espera receber os laudos da perícia. A
análise do IML (Instituto Médico Legal) trará informações como os
horários e a ordem em que as vítimas foram mortas e se haviam sido
dopadas. Já o IC (Instituto de Criminalística) vai responder a outras
questões, como, por exemplo, se a posição em que o corpo de Marcelo foi
encontrado confirma a tese de que ele cometeu suicídio.
O IC também deve entregar o resultado da perícia nos telefones e
computadores encontrados na casa, o que pode revelar outros detalhes
para explicar como tudo aconteceu.
Fonte: r7.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário