Registrada
com o nome de Rogério Ramos Nogueira, uma jovem de Rio Branco (AC)
tenta provar que não nasceu homem. Para tentar corrigir o erro na
certidão de nascimento, ela diz ter passado por um monte de confusões.
Hoje com 24 anos de
idade e três filhos (!!!), Rogéria conta que foi registrada aos 4 anos
pelo pai, em um cartório em Manaus (AM). “O erro foi lá, por isso
enfrento tanta burocracia. Mesmo com meu registro de nascida viva
comprovando que eu era uma mulher, me registraram com do sexo
masculino”, conta.
Grávida do terceiro
bebê, Rogéria não pode registrar as crianças e nem casar no civil com o
companheiro pela falta de documento de identidade. “Tudo é difícil.
Quando fui retirar minha identidade pela primeira vez, a moça que fazia o
atendimento me mandou voltar para casa para buscar a minha certidão.
Ela achou que eu tivesse pego por engano a certidão de um irmão homem.”
Quando foi buscar ajuda
em um órgão público, a jovem diz ter sido maltratada por um atendente
que insinuou que a moça fosse transexual. “Contei meu problema e ele
zombou da minha cara. Disse que daqui a pouco os homens estavam podendo
gerar filhos também, porque até órgãos genitais femininos já podiam
ter.”
Procurado pela
reportagem do portal “G1″, Wilson dos Santos, escrevente gerente do 7º
Cartório de Registro Civil de Manaus não soube responder o motivo da
demora para resolver o problema de Rogéria. “Não está ao meu alcance
informar por que o caso ainda não foi solucionado. O que posso dizer é
que na medida que os ofícios chegam aqui procuramos responder dentro do
prazo”, diz.
Fonte: G1
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